6 – A vida se torna a luz

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João testemunha a respeito dele e exclama: Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim. Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.  Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

No texto anterior aprendemos que não começamos com Deus, nem com o homem – começamos com o Deus-Homem. E por ele trabalhamos pra Deus e dele trabalhamos para o homem. Na sua luz vemos a luz. Os cristãos são pessoas que crêem em Deus, no homem e na vida através de Jesus.

O segundo pilar sobre o qual se firma o Evangelho é a Palavra Revelada. “Tudo o que Jesus começou a fazer e a ensinar” (At 1.1). O primeiro pilar é a Palavra se tornando carne e o próximo é a Palavra revelada. Uma segue a outra assim como a lua segue o sol. O Evangelho teve que se tornar realidade antes de se tornar revelação. A vida de Jesus se tornou a Luz para a vida do homem.

Observe a ordem: “Fazer e ensinar”. Primeiramente o fazer, depois o ensinar. A obra se tornou o credo. Portanto, é um realismo. Muita gente pensa que o Evangelho cristão é idealismo, algo que nos é imposto. Mas, o Evangelho não é algo imposto à vida – é algo que é exposto da Vida. É a revelação da natureza da Realidade. Jesus não foi um moralista impondo seus códigos morais sobre a humanidade – um código moral mal-feito pela humanidade. Neste sentido ele não foi um moralista. Ele foi o revelador da natureza da Realidade. Primeiramente da realidade de Deus. Ele disse: “Se querem saber como Deus é, olhem pra mim”. E quando o fazemos nosso coração quase para de bater ao perguntarmos: “Deus é assim? Ele é um Jesus igual a Deus?”. Se assim for não posso fazer mais perguntas. Nada mais pode me satisfazer. Em Jesus não ouvimos como Deus é – vemos como ele é. Somos uma raça no jardim da infância que precisa aprender a visualizar – ver é crer.

 Tudo o que Jesus ensinou era a interpretação do que ele era e fazia. Assim, é da Vida que sai vida. Era o Profundo falando para a profundidade. Sendo assim, suas palavras não eram palavras – eram fatos revestidos de palavras. Por isso atingem você com autoridade – uma estranha e nova autoridade que se auto-revela. Ele não argüiu, ele deu provas. E tudo o que pregou não foi pregação, mas revelado. Quando ele falava, o homem via.

Oração: Ó Jesus, agradecemos-te por permitiste-nos te ver como ninguém mais te viu, e o que vemos nos satisfaz. Completamente. Amém.

Afirmativa: Tudo o que digo e faço hoje devem ser revelação – revelação da Realidade.

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