50 Anos de Ordenacao ao Ministério Pastoral

23 de Julho de 2019

Cinquenta anos de ordenação ministerial

“Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?” e Davi mesmo responde com três argumentos: Beberei o cálice da salvação; invocarei o nome do Senhor e cumprirei com os votos que fiz ao Senhor (Sl 116.12-13).

Pois meus amigos cinquenta anos atrás, nesse mesmo dia, 23 de Julho de 1969 fui ordenado para o ministério da Palavra pela convenção das Assembleias de Deus do Rio de Janeiro (CEADER). Os homens que me impuseram as mãos – lembro de alguns – foram José Antônio de Carvalho, de Itaperuna, pai de meu amigo Eliel de Carvalho; Lourenço Olson, missionário americano; Moisés Soares, da AD do bairro Fonseca em Niterói e o que me indicou para a consagração, Antônio de Paula, velho amigo de saudosa memória que me acolheu na casa dele em Abril de 1968 em Chalé, Santana de Barra, RJ. Lá fui o décimo terceiro filho – o filho branco – de uma família de 12 filhos e o mais velho já havia saído de casa. Minhas manas e manos naquele tempo foram: Obadias (que já saíra de casa), Odília (falecida), Otília, Otoniel, Oziel, Ozéias, Otoni, Olga, Eudênis, Doraciara, Onésimo, Olga.

Tentei fazer uma reflexão desses cinquenta anos, mas é impossível, tantas foram as bênçãos, os fracassos, as derrotas e as vitórias; os erros e acertos; amigos traidores e amigos abençoadores, apenas posso dizer que ao longo desses anos escrevi e publiquei 49 livros, alguns dos quais mudaram a cara da igreja evangélica brasileira. Tantas foram as amizades que fiz desde o início até agora que citar a todos seria cometer injustiças a alguns.

Isaías de Souza Maciel, líder presbiteriano do Rio de Janeiro; Paulo Leivas Macalão, que sempre me permitia pregar na AD de Madureira, Túlio Barros que me franqueava o púlpito da AD de São Cristóvão para pregar; Antônio Teixeira de Carvalho, líder fundador da Igreja Metodista Wesleyana, Bernhard Johnson, meu amigo que me levou para os Estados Unidos e tantos outros! Otoniel e Oziel que me abraçaram como irmão e me colocaram para ajudar na UMADER congressos de mocidades em que tantas vezes preguei!

Não teria espaço aqui para falar de todos e de tudo! Uma semana depois da ordenação pastoral Bernhard Johnson me levou para os Estados Unidos. Algumas fotos daquele tempo estão aqui perfeitamente identificadas.
O que fazer num dia como hoje? Apenas parar, refletir, arrepender-me, quebrantar-me mais e deixar-me guiar por aquele que me vocacionou para o ministério!
Nada de festas nem de celebrações: Apenas silêncio e constrição!


29 de Julho de 2019

Hoje faz cinquenta anos que fui morar por um ano e meio nos Estados Unidos, levado pelo missionário Bernhard Johnson. O avião da VARIG, um Boeing 707 não tinha autonomia de voo e paramos em Lima, Peru para reabastecer. Dali seguimos para Los Angeles e depois San Francisco, onde um sorridente chefe – Bernhard Johnson – me aguardava no aeroporto!
Fui cuidar da área de língua portuguesa nas transmissões da Voz da Amizade, uma emissora fundada no pós-guerra para levar o Evangelho aos países da Cortina de Ferro e que transmitia as vinte e quatro horas do dia. Seus estúdios e antenas para transmissão em ondas curtas estavam instalados em Belmont, ao Sul de San Francisco, na Califórnia, Condado de San Mateus.
Com os meios mais modernos de transmissão de voz como transmissões em FM e via Internet, a emissora fechou suas portas em 1994. KGEI. Todas as emissoras de rádio americanas a oeste do rio Mississipi começam com K e do leste com W. GE – significa General Eletric.
O rádio era o meio mais eficaz de comunicação durante anos e a Voz da Amizade cumpriu seu papel levando o evangelho para a China, Cuba e países da cortina de ferro. Minha voz era ouvida na distante ilha de Timor Leste de onde eu recebia os cartões QSL que informavam como chegava o sinal em ondas curtas naquela área.
Bob Bowman, o fundador da FEBC – Far East Broadcasting Company – foi um visionário do evangelismo por rádio. Seu filho era o gerente da emissora à época em que lá estive. Trabalhei com irmãos que vieram da Colômbia, Argentina, Cuba, Peru e outras nacionalidades. Nosso estúdio possuía mais de dois mil LP’s com músicas e cantores de todos os países do mundo, se serviram para ampliar meus conhecimentos de música universal. Algumas fotos são memoráveis!


 

 

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