Louvor Profético

Para você que gostaria de pregar sobre o que é louvor profético, apresento o seguinte esboço:

Introdução:

Durante muitos anos a igreja não incluía um período de cânticos e de louvores a Deus em suas reuniões. Poucos eram os cânticos cantados pela congregação, no entanto, a partir de 1973 – algo aconteceu no mundo espiritual – que levou a igreja à prática mais intensa do louvor congregacional.

Se o povo soubesse a importância que o louvor do povo de Deus exerce nos céus, não cessaria de adorar nem de louvar as vinte e quatro horas.

Em meu livro “Deixem Soar os Tamborins! (Editora EME: www.emeeditora.com.br) o leitor e pregador encontrará uma análise histórica do louvor congregacional, a origem de alguns cânticos, etc. que robustecerá sua pregação sobre o tema.

Nesta mensagem destacamos que o louvor nos dias de Davi veio através do profeta Samuel que criou as escolas de profetas em que um dos ensinamentos era o louvor contínuo, como se verá a seguir.

I. O louvor profético começou com Samuel.

A) As escolas de profetas.

1. Tenha em mente que “profetizar” no AT tinha dois sentidos: Profetizar ao povo, da parte de Deus, e profetizar para Deus, engrandecendo-o.

a) No dia em que Samuel ungiu a Saul com óleo, um dos sinais de que Saul seria o rei de Israel era que ele encontraria “um grupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e flautas, e harpas, e eles estarão profetizando. O Espírito do Senhor se apossará de ti, e profetizarás com eles e tu serás mudado em outro homem” (1 Sm 10.5-6). Deduzimos que estes profetas usavam a música para profetizar a Deus, não aos homens. Então, o que é profetizar a Deus, senão exaltar-lhe os feitos e engrandecer o Senhor e sua obra?

b) Uns vinte e cinco anos depois, Saul empreendeu uma perseguição acirrada contra Davi e é avisado que ele está escondido na casa de Samuel em Ramá. Saul envia alguns homens para trazê-lo, mas lhe informam que os homens “viram um grupo de profetas profetizando, onde estava Samuel, que lhes presidia; e o Espírito de Deus veio sobre os mensageiros de Saul, e também eles profetizaram” (1 Sm 19.20).

c) Em 2 Reis 2.1-18 – trezentos e cinquenta anos depois se veem os profetas, novamente, profetizando a Deus.

d) Parece que no Novo Testamento o mesmo tipo de “louvor profético” aconteceu na vida daqueles que foram cheios do Espírito Santo. Não há registro de que houvesse música, a não ser o “eco” ou som do Espírito como em Atos 2. A questão que deixou os judeus perplexos no dia de Pentecoste foi que eles ouviam os irmãos glorificando e falando das grandezas de Deus em “línguas”, no caso, na língua dos povos presentes em Jerusalém! Quer dizer: quando falamos em línguas, glorificamos e falamos das grandezas de Deus, num idioma que nem entendemos! O mesmo aconteceu quando Pedro foi à casa de Cornélio, onde os gentios também engrandeciam a Deus em línguas! (At 2.11; 10.46; 19.6).

II. A origem do louvor nas reuniões do povo de Deus (1 Cr 15.16).

A) O começo de tudo (1 Cr 16.7).

1. Os adoradores ou profetas que diziam a Deus de suas grandezas estabeleceram alguns princípios:

a) Cantar alto e com alegria (1 Cr 15.28; e 16.10).

b) Ter alguém para conduzir os louvores (1 Cr 15.22 e Ne 12.8).

c) Deveriam exaltar a misericórdia de Deus (16.41 c/ 2 Cr 5.13 e 2 Cr 20.21).

d) Render graças e invocar o nome do Senhor (1 Cr 16.8).

B) O que é profetizar a Deus.

1. Tornar os feitos de Deus conhecidos, e narrar as suas maravilhas (16.8-10). O que se vê nos Salmos 18 ou em 2 Samuel 22.

2. É profetizar a Deus (1 Cr 25). Profetizar aqui é abençoar a Deus; elogiá-lo. Conferindo-lhe honra. O resultado está em 2 Crônicas 5.6-14.

III. O que o povo fazia com a música. Não apenas profetizam a Deus:

A) Cantavam orações e lamentações: Ex Sl 51; 54,55,56, 57, 60,61,62,63,64.

1. Matanias conduzia o povo nas orações (Ne 11.17).

2. Cantavam a palavra de Deus (Dt 32.1- 44). Cânticos didáticos (Dt 31.19,22; Sl 53,55; 32,42,44,45).

3. Cantavam celebrando a lei (Sl 119.172).

4. Tinham cânticos para ocasiões especiais como os cânticos de romagem ou degraus (Sl 120-135).

B) Cânticos que falam de eventos na vida do povo:

1. Hino do arco (2 Rs 1).

2. Cântico de Ezequias (Is 38.9-20 – meus cânticos – cânticos dele e de outros).

3. Cântico do futuro – Is 26.

4. Cântico da vinha (Is 27.2-3).

5. Cântico das lamentações de Jeremias pela morte de Josias (2 Cr 35.25).

6. Cântico do poço (Nm 21.17,18).

IV) O céu está repleto de cânticos que foram preparados para ocasiões especiais:

A) Cânticos preparados para ocasiões especiais no céu:

1. O cântico ao sempiterno Deus (Ap 4.11).

2. Cântico feito para o Cordeiro (Ap 5.9-14).

3. O cântico da igreja (Ap 7.9-12).

4. O cântico dos misteriosos (Ap 14.2-3).

5. O cântico dos que vêm da grande tribulação, composto por Moisés e pelo Cordeiro (Ap 15.3-4).

B) Na terra os cânticos falam de:

1. Cânticos na vida diária (Ef 5.18-20; At 16.25; Tg 5.13; Sl 34.1; 1 Ts 5.18; 1 Pe 2.5).

2. Cânticos na vida congregacional.

1. O culto a Deus requer que o adorador tenha:

a) Vida íntegra (Sl 24.4; 33.1; Mq 6.6-8; Am 5.23-24).

b) Adoração como parte do culto (Cl 3.16-17).

c) Cânticos de oração no espírito (1 Co 14.5). Diferenciar um mantra de cânticos espirituais. A repetição: cantar com a mente e cantar com o espírito! (Ver 1 Co 14.13-17).

d) Gemidos espirituais (Rm 8.26-27). Alcançando o “tom” do Espírito (v 23). Súplicas na oração, num tom clamor, etc. Discorrer sobre o tema do “tom celestial”.

Conclusão: Na realidade, o verdadeiro adorador profetiza aos homens, profetiza a Deus e sabe usar dos louvores para expressar (1) o que se passa em seu coração, (2) no coração do povo e (3) no coração de Deus.

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