A autoridade de Jesus

Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas” (Mc 1.22).

Este texto sempre me impressionou, e tentei responder a mim mesmo por que o povo ficou tão impressionado com a autoridade de Jesus? Jesus era diferente dos escribas em sua maneira de viver e de ensinar. E o que o diferenciava dos demais mestres da época?

Em que consistia a autoridade de Jesus? Parece-nos que não era porque pregava gritando como alguns pregadores; nem porque ficava fazendo coreografias na frente do povo. Ele não era sapatinho de fogo para impressionar as pessoas com frases de efeito preparadas de antemão ou compiladas ao longo dos anos. Os pregadores sapatinho de fogo não têm nada a dizer, por isso repetem, quais papagaios o que ouviram de outros pregadores.

Caso as observações fossem feitas nos dias de hoje, o povo diria que Jesus falava como quem tem autoridade e não como os pregadores que estão em evidência. Obviamente que não vou dizer os nomes aqui.

E meditando neste texto concluí assim:

1. Ele conhecia o tema. Jesus sabia o que estava falando. Diferentemente de muitos pregadores que não dão profundidade e nem demonstram conhecimento do que falam. O conhecimento do tema dá autoridade ao pregador. Uma congregação inteligente sabe detectar quando o pregador tem conhecimento do que fala.

É comum pastores ocupados recorrerem à Internet para conseguir uma mensagem de última hora (e recorrem à Internet ali mesmo no gabinete da igreja, dez minutos antes de subirem no púlpito), e a congregação percebe. Outro dia elogiei um pastor a um grupo de pessoas pela excelência da pregação dele. Uma menina excepcional, com síndrome desde seu nascimento, me disse: “Eu já vi essa mensagem na Internet”. Pregadores! Cuidado! A congregação para a qual você prega é tão ou mais inteligente que você.

2. Jesus falava com firmeza e convicção. Não vacilava nem titubeava. O tom de voz é importante, mas não é suficiente, no entanto, quando o pregador fala com firmeza e conhecimento é escutado atentamente pelo povo. Pregadores há que têm voz firme quando falam, mas carecem do conhecimento do tema. Parecem cães de guarda que latem, mas não atacam. Sempre que falar, esteja ciente de que seu tom de voz é importante para a congregação.

3. Jesus falava respaldado por algo maior e mais poderoso: O Pai que o enviara! Jesus falava debaixo de autoridade. O homem de Deus que prega a verdade e que firma o que diz nas escrituras sagradas tem por trás de si todo o exército celestial apoiando-o e o sustentando espiritualmente. “Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si: Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” (Mc 1.27).

4. Jesus conhecia a palavra de Deus. O maior respaldo que um pregador tem é o da palavra de Deus. Se o pregador se firma em conhecimento humano, em sua sabedoria e técnicas de auditório e não no conhecimento da palavra de Deus, sua palavra será vazia e oca, apesar de bela e impressionante.

Os judeus queriam saber quem outorgou a Jesus autoridade para curar e expulsar os demônios, “e lhe perguntaram: Com que autoridade fazes estas coisas? Ou quem te deu tal autoridade para as fazeres?”. E ele lhes retrucava: “Eu vos farei uma pergunta; respondei-me, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas” (Mc 11.29).

Como não conseguiam responder a Jesus, tampouco Jesus lhes falou de sua fonte de autoridade. Mas, todos sabemos. Sua autoridade provinha do conhecimento que tinha da palavra de Deus e de sua comunhão com o Pai.

8 thoughts on “A autoridade de Jesus

  1. PROVAVELMENTE O SENHOR DEVE SER COMO AQUELE FARISEU QUE ,QUANDO ACHEGOU-SE A DEUS,DIZIA QUE ERA MELHOR QUE O PUBLICANO.NÃO SOU MEMBRO DE IGREJA AONDE TEM PASTORES SAPATINHOS DE FOGO ,COMO O SENHOR MESMO CITOU.MAS RESPEITO CADA CONGREGAÇÃO,CADA PASTOR ,E A DOUTRINA DE CADA IGREJA. O SENHOR QUE SE DIZ PASTOR DEVERIA NÃO JULGAR ,MAS FAZER O MESMO.PORQUE UMA COISA QUE O SENHOR JESUS TAMBÉM NOS ENSINOU É RESPEITAR O PRÓXIMO. COM AMOR SERVA DO SENHOR.

    1. Andreza. Sugiro que você leia este artigo novamente. Estou falando da autoridade de Jesus, apenas. E que ele não precisava de subterfúgios e de re-te-tés para mostrar que tinha poder. Bastava sua autoridade. Mas, não precisava me chamar de fariseu. Em certo sentido, os fariseus eram até melhores que os saduceus, porque acreditavam na ressurreição e guardavam piedosamente a lei. Foram eles que, antes da destruição de Jerusalém, no ano 70 de nossa era, pegaram os rolos da Lei, falaram com Vespasiano que cercava a cidade, e estabeleceram uma escola judaica no litoral. Graças a eles, ainda temos as porções bíblicas nos dias de hoje. Mas, entendo que você não me elogiou, e, sim, desrespeitosamente me julgou. Ano que vem, Andreza, completo cinquenta anos de ministério. Venha à minha cidade e pesquise minha vida e existência. Os pastores dirão, realmente a você, quem sou.

  2. parabéns ao amado pastor joão sou crente e fui criado no re te te e em outra manifestações,mais nunca vi fruto destes movimentos.Olha nunca encontrei na bíblia onde estes artifícios fossem usados por jesus para mostrar autoridade.jesus ele ensinava e o povo ouvia e era curado de todo tipo de enfermidade.eu sou da linha pentencostal amo JESUS e tudo que faço e ensinar. a matéria acima e muito bem explicita e o senhor fala somente da autoridade que Jesus usava.

  3. não precisava criticar.no texto percebe-se fortemente sua repulsa “pelos sapatinhos de fogo”.respeito é bom.quem recebe critica se mostra humilde e quem as rebate se mostra exaltado.PODERIA TER USADO AS LINHAS GASTAS COM AS CRITICAS PARA EXPLICAR MELHOR,POIS FICOU MUITO VAGO.QUE DEUS ABENÇOE.

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