12 – O Totalitarismo de Deus e do Homem

Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Cl 3.16-17).

Vimos que a quinta pilastra da fé cristã é a Palavra se tornou Palavra final. Esta é uma assertiva, mas não uma assertiva completa. A questão é: Isto pode ser projetado para ser um estilo total de vida? Ou essa assertiva é aplicada somente a Jesus, mas impossível a nós que não podemos nos tornar palavra? A resposta à esta indagação está no sexto pilar: A Palavra se tornou um estilo de vida total – o reino de Deus. “… durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus” (At 1.3).

Felizmente o relato nos conta sobre o que ele falou durante os quarenta dias em que esteve com os discípulos depois de haver ressuscitado. Ele falou das coisas que estavam em seu coração durante seu ministério, e que agora o incomodavam às vésperas de sua ascensão: o reino de Deus. Parecia dizer-lhes: “Levem o Reino a sério, porque se vocês errarem neste ponto, o mundo todo errará com vocês. Façam tudo corretamente, e as gerações futuras farão as coisas certas também”. O futuro da humanidade estava preso a isto: ele precisava deixar claro aos discípulos o que tinha em mente para que eles não cometessem erros. Se todo esquema, que operava a partir do amor redentivo não fosse aplicado como um novo estilo de vida fracassaria no seu nascedouro – na própria concepção de vida. Se não funcionasse ali, jamais funcionaria nas gerações futuras.

Portanto, o Reino é Deus investindo pesadamente em resposta às necessidades humanas, tanto individual quanto coletivas. É o totalitarismo de Deus que demanda obediência total, única condição para que o homem tenha liberdade sem limites. Eis a diferença entre o totalitarismo de Deus e o do homem: Quando nos submetemos ao totalitarismo de homens, somos subjugados, mas quando nos submetemos ao totalitarismo de Deus encontramos a liberdade. Só Deus poderia oferecer a possibilidade da subserviência e da liberdade ao mesmo tempo. Parece impossível, mas é assim que funciona. Se eu buscar em primeiro lugar o reino de Deus, encontro a liberdade, sim, pois esta é a condição para que o meu eu verdadeiro me seja entregue. Mas, seu buscar qualquer outra coisa primeiro, sim, tenho liberdade, mas o meu eu é subtraído de mim. As leis do Reino são as leis do meu ser – a razão de minha existência.

Oração: Ó Pai agradeço-te que o Reino e eu não somos inimigos, mas temos afinidade um com o outro – no reino está a casa minha alma.

Afirmativa: Nada acima do Reino, nada fora do Reino, tudo dentro do Reino.

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